Sou um cara que estudou em colégio católico (ainda sob a rigidez de uma cultura que tinha acabado de sair do regime militar), formado em Exatas, que sempre trabalhou com TI e em empresas privadas. Essa minha “formação” influenciou (e ainda influencia) nos mais variados aspectos da minha vida. Sou o que se pode chamar de “pragmático”, minhas decisões e meu modo de agir normalmente são baseados em uma extrema (e às vezes irritante) racionalidade.
Dificilmente vocês me verão agindo por impulso ou tomando decisões sem pensar. Sei que para alguns aspectos da vida essa característica é celebrada e recompensada. Só como exemplo no ambiente corporativo, respeitados certos limites de tempo, a ponderação é uma das grandes aliadas ao sucesso de carreira.
Toda empresa quer uma pessoa que consiga ser ponderado e ao mesmo tempo tomar decisões em uma velocidade razoável. Na minha visão essa característica também é muito bem aceita nos círculos políticos locais onde a diplomacia e o jogo de aparências também são fundamentais para o sucesso.
Vamos ser honestos, em muitas outras situações sociais pessoas com um perfil mais “conciliador” tem mais sucesso do que os “sinceros” ou ainda “os super-sinceros” lembrando aí de um quadro muito divertido do Fantástico.
Entretanto, nessas minhas andanças, tenho percebido que nós seres humanos não somos seres “racionais”, muito pelo contrário, somos extremamente emocionais e na verdade é a emoção e não a razão que rege o mundo.
É impressionante como rendemos muito mais quando estamos de bom humor, e como “patinamos” quando estamos tristes ou “depressivos”.
Depois de tantas frases de efeito, das palavras bonitas e dos elogios das mamães e titias de plantão hoje me questiono se vale a pena diminuir os nossos sentimentos em prol da suposta “racionalidade” ou do “verniz social”.
É claro que não faz muito sentido sair batendo ou xingando todo mundo, também não sejamos estúpidos até porque a sociedade pune a estupidez inconseqüente.
Entretanto, vejo muitas pessoas simplesmente decidindo sofrer por não seguir os seus sonhos, os seus desejos, enfim vivendo. Paulo Coelho em seus livros chama isso de Lenda Pessoal, alguns chamam de destino, não importa o nome.
Qual é o problema de dizer não a um convite?
Por que não dizer que não gostamos daquela comida que a mamãe dos nossos amigos preparou “com tanto carinho” para aquele almoço, mas que detestamos?
Por que tudo tem que ter uma justificativa racional?
E a minha pergunta preferida: Por que não?
Não tenho respostas para essas perguntas, mas hoje percebo que não adianta nos sabotarmos em prol da razão ou do “verniz social” o preço é muito alto. As aparências, o politicamente correto, enfim a suposta “razão” não dura para sempre, pois o mundo é emoção.
Sigam os seus sonhos e saibam que às vezes é melhor sermos irracionais... Afinal o mundo não é racional, mesmo.
Pensem nisso e escrevam os seus comentários, críticas, sugestões ou uma boa receita culinária....
"As emoções são cavalos selvagens e em nenhum momento a razão consegue dominá-las por completo." Paulo Coelho
ResponderExcluirRealmente, no final a emoção prevalece!
Se tem uma coisa que sempre me deixou puto é que o coiote nunca pegou o papa-leguas.
ResponderExcluirhttp://locoehpouco.blogspot.com/
A emoção nos leva sem que a racionalidade a vença, mas às vezes temos que ser um pouco racionais, mas em nenhum momento deixar de sentir. devemos amar e perdoar.
ResponderExcluirElis
Bom, primeiramente gostei muito de como vc escreve Ro.. gostei mesmo...
ResponderExcluirJá sobre post, acredito que temos que ter como ser humanos racionalidade e emoção juntos e a nossa função é administrá-la a cada situação, pois tudo na vida parte de um equilíbrio, mas o que a gente não pode fazer é:
- deixar de agir e perder oportunidades culpando a racionalidade.
- agir que nem doido contrariando a tudo e dando cabeçada em prol da pura emoção..
Filosofei agora né.. mas é isso..
Ana Cris.